quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A sonolenta Seleção de Mano

Assistir aos jogos da Seleção Brasileira de futebol está longe de ser, como diz o outro, teste para cardíaco. As aparições dos escolhidos de Mano Menezes é na verdade uma grande chatice. Está mais para uma prova de resistência do Big Brother Brasil de tão sem graça. Quem resistir aos 90 minutos se torna o líder.

Os 'europeus' já não inspiram muito lá a torcida. São jogos sonolentos, onde o futebol vistoso já não existe mais e o Brasil não impõe mais respeito. Uma era de renovação está se tornando uma era de trevas. Quase o mesmo processo que aconteceu entre 88 até o título em 94.

Quando me falaram da volta da 'Copa Roca', agora batizada de Superclássico das Américas ou Troféu Nicolás Leoz, pensei: 'Bom, serão só jogadores que atuam no País. Veremos novos rostos, gente com disposição, que irá acrescentar algo'.

Engano meu. O jogo não apresentou nenhuma boa novidade. Além de Mano Menezes escalar veteranos como Kleber e Renato Abreu, entrou com Paulinho ao invés de Casemiro, campeão mundial sub-20 com a Seleção Brasileira. Ainda deixou no banco outras jovens estrelas como Oscar (entrou no segundo tempo) e Lucas, que nem jogou.

A falta de criação se aliou a falta de entrosamento. Ronaldinho não brilhou, Neymar ficou sem apoio e Leandro Damião isolado na área. Não há jogadas, não há treinos, não há nada. Jogaram 11 caras lá no campo e falaram: 'Vocês são a Seleção Brasileira, se virem!'

Quando Mano Menezes irá perceber que o Brasil não é Alemanha, Itália e Holanda? Nós nunca jogamos no 4-2-3-1. Sempre fomos no 4-3-3 ou 4-2-2. No máximo, um 3-5-2 do Felipão, que nos rendeu um título mundial. Nunca o Brasil jogou com um atacante isolado na área. Isso é para quem só sabe jogar bola na área, o Brasil cria! Sempre criou.

Não é a renovação que está sendo feita de forma errada. O Brasil tem qualidade. Jogadores são bons. O que está errado é o sistema de jogo. O nosso caso sempre foi especial. Sempre fomos diferentes e por isso conquistamos o título de melhor futebol do mundo, de berço de craques. Só precisamos que o técnico nos veja como sul-americanos e não como europeus.

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