domingo, 18 de setembro de 2011

Não é o Ayrton

Ele tem um capacete amarelo com listras verdes desenhado pelo falecido Sid Mosca. Dirige uma Lotus preta no início da sua carreira na Fórmula 1. Possui o sobrenome Senna e os olhos por baixo do capacete assustam pela semelhança. Mas ele não é Ayrton e, difícilmente, chegará perto.

Aos 27 anos, idade um pouco avançada para ingressar na Fórmula 1 nos últimos anos, Bruno Senna não surge como uma esperança de ver o Brasil ter novamente um campeão da categoria. Ele me parece mais um desespero de uma nação carente por isso após ter Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna como pilotos que marcaram época.

Cada vez mais é notável que as semelhanças entre tio e sobrinho param na estética. Bruno já disse que o tio passava dos limites durante as corridas. Além disso, ele assumiu que diminuiria para um parceiro de equipe ultrapassar. Se esquivou dessa afirmação dizendo que Ayrton não precisou fazer isso porque sempre era o mais rápido.

Na verdade, Ayrton Senna se fazia ser o mais rápido. Nunca aceitou as limitações do carro que guiava, tirava o máximo possível, tal como Vettel quando ganhou uma corrida pilotando uma Toro Rosso debaixo de um aguaceiro.

Pelo menos Bruno Senna tem a consciência de que as pessoas torcem por ele por ser sobrinho do cara. Está mais do que certo de querer merecer essa torcida pelos méritos próprios. Sabe guiar bem um carro. Mas falta atitude de campeão.

Vettel, Alonso, Hamilton cometem erros, por vezes são criticados, mas sempre miram o primeiro lugar. Falta essa postura para Bruno. Enquanto ele aceitar tirar o pé ao invés de mostrar que pode andar mais rápido, será mais um Barrichello, Massa, Burti ou Zonta.

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