segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O discurso da supremacia

Depois de tanta coisa sobre o 11 de setembro, chegou a hora de eu ir assistir o que afinal havia dito o presidente norte-americano Barack Obama para seu povo. Após ouvir as falas de Obama por aproximadamente 12 minutos, passei a analisar.

Após ouvir o discurso, concluí que ele quis fortalecer a supremacia do império da águia careca.  Uma necessidade enorme de falar sobre como o atentado uniu mais ainda os cidadãos do País, de como o Estados Unidos é forte e corajoso.

Em toda palavra, escolhida a dedo e com cuidado, Obama tentou disfarçar qualquer sinal de enfraquecimento do povo norte-americano. Usou a frase 'nos tornamos mais vigilantes' para disfarçar a paranoia em relação ao terrorismo, onde os aeroportos constantemente estão entre os níveis laranja e vermelho de alerta e o aumento crescente do rigor com quem é aceito entrar no País.

Disse que os Estados Unidos não entraram em guerra com o Islã ou qualquer outra religião, mas nos últimos 10 anos nunca houve tanto visto negado para a entrada de qualquer pessoa que parecesse mulçumana ou de origem árabe.

Utilizou o velho escudo de Bush, 'guerra contra o terror', para defender as ocupações em Iraque e Afeganistão. Como a própria Igreja Católica nas cruzadas, os Estados Unidos se definiram como o guia para libertação dos povos e a imposição da 'tal liberdade ao estilo americano', ou seja, na base da força e onde eles ditam as regras.

Por fim, em mais uma demonstração da força de seu povo, Obama disse que seriam lembrados por terem vencido a recessão, revoltas, o comunismo e o terrorismo. O discurso, aos olhos dos cidadãos norte-americanos, foi muito bom e digno de aplausos.

Na minha visão, foi o tanto quanto arrogante. As atitudes valem mais do que as palavras e elas demonstram que os EUA tem medo de sofrerem novos ataques. Não são tão invulneráveis quanto disse Obama. Mas, ele fez o certo. Numa data que será sempre uma ferida aberta no coração dos Estados Unidos, é necessário fazer curativos bem resistentes antes que o ferimento fique exposto novamente.

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