sábado, 30 de abril de 2011

O inferno são os outros

Por que os loucos, no modo ruim da coisa, tentam forçar os outros a participar de sua loucura? Isso é um prática tão egoísta. Se você está mal, com problemas causados por você mesmo, pra que querer estender isso a quem não tem nada a ver com o seu sofrimento?

Parece aquela coisa de 'se eu não estou feliz não quero que o outro esteja também. Se eu sofrer, terá que sofrer comigo'. Se conhece alguém assim, corra para as colinas. Fuja enquanto é tempo, antes que a pessoa se vicie em fazer isso a todo momento que a chave virar pro lado errado.

Se você lhe causou seu próprio sofrimento, cavou sua própria cova, agora assuma as consequências de seus atos. Simples. Não queira transferir para os ombros de outro, algo que é totalmente responsabilidade sua. Se você já está estragando a sua noite, não faça o mesmo com quem não te fez nada para isso.

"O problema não é meu
 O paraíso é para todos
 O problema não sou eu
 O inferno são os outros
 O inferno são os outros"
(Titãs - O Inferno São Os Outros)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Humor explícito

Tem sido cada vez mais raro os famosos estúdios norte-americanos produzirem desenhos voltados para os adultos. Isso talvez aconteça porque a fórmula para o sucesso do segmento não é tão fácil quando o lado infantil. Hoje é mais fácil encontrar Bob Esponja, Padrinhos Mágicos e Phineas & Ferb em qualquer canal do que desenhos mais complexos.

O Cartoon Network, por algum tempo, teve o 'Adult Swin'. A ideia era boa e parte dos desenhos eram voltados realmente para o público adulto. Gostava de séries como 'Harvey, o Advogado' e 'Laboratório Submarino 2021'. Programas onde desenhos 'normais' passavam por situações totalmente diferentes da qual foram criados. Ver o Homem-pássaro num tribunal defendendo o Freddie Flintstone por associação criminosa é algo surreal.

Antigamente, a base para se falar em desenho adulto eram 'Os Simpsons'. O primeiro grande trabalho a fazer sucesso, a chamar atenção e ganhar um alto patamar. Mas eu vejo que, com o tempo, a série ficou repetitiva, ultrapassada e perdeu parte de sua graça. Não é para menos, após 22 temporadas, dificilmente não chegaria nesse ponto.

Mas meu conceito de animação voltada para maiores mudou ao ver 'Family Guy', chamado no Brasil de 'Uma família da pesada'. É um humor explícito, explorando tabus que a sociedade julga politicamente incorreto.

As personagens criadas por Seth Macfarlane não possuem o mínimo de senso e não poupam nada e a ninguém em piadas chamadas de 'humor negro' ou 'de mal gosto'. Desta forma, já trataram de obesos, negros, italianos, judeus, hispânicos, deficientes físicos, drogas, e outros temas.

Mesmo sendo algo que, inicialmente, choca a quem assiste, vale a pena prestar atenção. Apesar de alguns termos usados, é um humor inteligente. Piadas adultas e feitas para quem tem um raciocínio rápido para ligar assuntos. Infelizmente, igual a muitos desenhos, você tem que entender sobre a cultura do cotidiano norte-americano para entender certas tiradas. Entretanto, não deixa de ser um bom programa.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A velha carapuça

Por que as pessoas tem a mania de achar que tudo que acontece no mundo é com elas? Hoje, você tem que medir palavras em tudo para não ser compreendido de forma errada. Sua forma de se expressar passa a ser limitada pela compreensão de quem o escuta.

Até em conversas informais, quando emitimos uma opinião, alguém vem e pergunta: 'é pra mim que você está falando isso?'. Bom, algumas pessoas tem medo de falar o que pensa, por isso manda mensagens nas entrelinhas para o outro entender. Eu prefiro ser direto e franco.

O problema é que, atualmente, as pessoas tem cada vez mais receio de dizer o que vem a cabeça por temor de magoar o outro, de não ser entedido, de ser mal interpretado. Pro inferno com esse medo! Se eu estou dizendo 'A', é 'A', não 'B'.

Seja verdadeiro e natural. É a forma mais simples de você evitar essas discussões bestas de 'eu senti que você falou isso pra mim'. Você sentiu porque quis, se eu digo que não falei pra ninguém, não falei e ponto. O mundo tem que parar com essa neura de que tudo é 'mensagem para você'.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Shutter island

Voltando a indicar filmes neste espaço após um longo tempo. Minha dica de hoje é Ilha do medo (Shutter island), de Martin Scorsese. O longa-metragem é um suspense psicológico, lançado no ano de 2010 e estrelado por Leonardo DiCaprio.

A história, baseada no livro de Dennis Lehane, fala sobre o oficial federal Edward 'Teddy' Daniels, enviado para a ilha Shutter para investigar o desaparecimento de uma paciente. Ao lado de seu parceiro, Chuck Aule, interpretado por Mark Ruffalo, Daniels tenta desvendar o que realmente acontece no hospital psiquiátrico Ashecliffe.

O elenco ainda conta com Ben Kingsley (vencedor do Oscar de melhor ator por Gandhi) e Michelle Williams (indicada a melhor atriz por Namorados para sempre). Este é o quarto filme consecutivo dirigido por Scorsese e estrelado por DiCaprio, sendo o primeiro a não receber, pelo menos, uma indicação ao Oscar ou Globo de Ouro.

Mesmo sem grande premiações, o longa traz tensão e mistério durante toda a trama, conseguindo prender a atenção do espectador. Uma boa atuação de DiCaprio, que consegue trazer tudo o que sente a personagem à tona. Uma película que é necessária assistir mais que uma vez para captar os detalhes.Vale a pena assistir, sempre prestando atenção em tudo, até no que você achar irrelevante.

terça-feira, 26 de abril de 2011

But mine is gone

Palavras podem confundir. Um toque diferente, a forma como nos dirigimos, expressões que usamos. Por um momento isto te deixa desnorteado. Se estas iniciativas partirem de alguém que já significou muito para você, isso tende a ser mais forte e intenso.

Isto pode ser uma armadilha. Um canto da sereia que te atrai para uma tentação que você julgou já ter superado. Não que isso seja planejado pelo outro, mas você acaba deixando se enganar e acaba se perdendo onde não deveria.

Não se perca. Principalmente se você está em um caminho novo. Não se engane, não se iluda. Por vezes, tudo que parece tão claro, não passa de um jogo para te envolver e te deixar assim, sem rumo. Para vencer a disputa é fácil, é só não querer jogar. Fique fora disso que é o melhor que você pode fazer.

Se a vida já é feita de tantos problemas e preocupações, quanto mais nós conseguirmos evitar, melhor. Mesmo que seja tentador, a força de vontade de seguir no caminho que antes parecia certo tem que ser maior, sempre.

"And I've seen your loving
 But mine is gone
 And I've been in trouble"
(Muse - Plug In Baby)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ponto de interrogação

Depois de meses tranquilo com a certeza de certo que estou seguindo o que é certo para mim, me deparo novamente com a incerteza de não estar mais tão certo se tudo que tenho feito está certo ou não. Um grande ponto de interrogação.

Hoje as certezas se perdem em meio a dúvidas muito maiores e, talvez, o caminho pelo qual achava tão seguro e tranquilo não é o mais indicado. Para piorar, outros fatores não ajudam muito a esclarecer o caminho. Só me deixam com a visão mais turva e confusa.

Não é bom estar dessa forma. Preferia da forma segura que estava antigamente. Essa confusão é algo que eu não resolvi anteriormente e acredito que não resolverei agora. Seria menos torturante se fosse como antes, quando eu pensava que, apesar de não-resolvida, ela estava enterrada.

Engano meu. O pulso ainda pulsa e tudo ainda parece vivo. Por mais que esteja tudo pintado, disfarçado, com outra cor, o produto ainda está ali. Realmente, de certas coisas não há como fugir. Triste engano meu que pensei que iria ser a exceção a regra.

"For one moment
 I wish you'd hold your stage
 Wwith no feelings at all
 Open minded
 I'm sure i used to be so free"
(Muse - Citizen Erased)

domingo, 24 de abril de 2011

A casa é sua

Seguindo conselhos de um grande amigo e leitor deste espaço, revezarei indicações de filmes e discos/dvd's. Para abrir esta sessão, vou começar pelo repertório nacional. Minha dica desta semana será o DVD/CD de Arnaldo Antunes, Ao Vivo Lá Em Casa.

O ex-titãs que há muito tempo segue carreira solo gravou esta obra em 2010. Conta com a partipação de músicos conhecidos como Edgar Scandurra, Jorge Benjor e Erasmo Carlos. São mais de 20 músicas, de diversas épocas de Arnaldo Antunes.

Para quem curte um rock mais átipico, com MPB e letras que são poesias, vale a pena. Parte do repertório foi retirado do álbum 'Iê Iê Iê', de 2009. Além disso ele canta algumas músicas de outros artistas como Odair José, Beth Carvalho e Demônios da Garoa.

É um tipo de música que foge do comum. Do comercial. Das rádios. Que trás muita qualidade em todos os aspectos e é muito bem produzida. Rica em detalhes e letra. Para quem gosta é um prato cheio.

"A casa é sua
 Por que não chega agora?
 Até o teto tá de ponta-cabeça
 Porque você demora
 A casa é sua
 Por que não chega logo?
 Nem o prego aguenta mais
 O peso desse relógio"
(Arnaldo Antunes - A Casa É Sua)

sábado, 23 de abril de 2011

Fechado

Existem momentos em que você simplesmente cansa. Cansa do mundo, cansa dos relacionamentos, cansa dos absurdos da vida. O vazio te toma quase por completo. As coisas perdem o sentido, a graça. Existe um buraco que nada completa.

Nessa hora que você se fecha. Não quer mais saber do resto, de se envolver, de buscar se aventurar novamente. Surgem alguns temores de se relacionar, de passar por situações que no final terão o mesmo fim que outras anteriores.

Nada do que te disserem será útil. Nada faz mais algum sentido. Mas é necessário passar por isso. Faz parte do processo de reconstrução do ser. Tempo de enfrentar uma série de questionamentos e onde você busca se fortificar para o futuro. Seja forte o suficiente para enfrentar isso. Só não se entregue e viva nesse mundo isolado. Só te tará tristeza e solidão.

"E todas as pessoas que falam pra me consolar
 Parecem um bocado de bocas se abrindo e fechando sem ninguém pra dublar
 Eu já disse adeus antes mesmo de alguém me chamar
 Não sirvo pra quem dá conselho
 Quebrei o espelho, torci o joelho
 Não vou mais jogar
 Meu coração bate sem saber
 Que meu peito é uma porta que ninguém vai atender"
(Arnaldo Antunes - Meu Coração)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O que você vê

Existe um provérbio que diz: 'Os olhos vêem o que a mente quer que você veja'. No filme 'O código Da Vinci', o professor Robert Langdon chama de escotoma. Mesmo que, na realidade, não exista nada naquele cenário, se você quiser, enxergará algo.

Nesse momento, você tem que se despir dos pré-conceitos. Enxergar além do que você está vendo. Às vezes criamos uma tempestade num copo d'água. Pare com isso. Calma. Respire. Veja todos os lados do prisma. Veja o panorama.

Se mesmo assim, tentarem te passar uma imagem diferente, não aceite. Não veja pelos olhos de outro. Tente ver todo o contexto, mas nunca aceite a verdade do outro, como a sua. Afinal, a sua verdade sempre tem que prevalecer como a maior.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Viciante

É incrível a forma como as coisas que nos distraem e divertem podem se tornar viciantes. Isso acontece comigo em relação a jogos. Quando acho um desses jogos muito bom, eu quero continuar jogando até eu me cansar completamente dele.

Hoje foi um dia assim. Reunir amigos, uma quarta-feira que não tinha nada para fazer, um entretenimento que gasta pouco, jogar um jogo em estilo cooperação, de fases interligadas e de tiro. Não importa o enredo de 'matar zumbis para sobreviver', só o fato de ser cooperativo, de forma quase que obrigatória, já vale muito a pena.

Um game que causa interação entre todos que jogam. Risos quando acontece alguma trapalhada, quando o jogo presta uma 'homenagem' aquele seu amigo que acabou morrendo antes do fim da fase ou até quando uma tática errada quase leva todo mundo a morrer no game e voltar do início.

A volta para a casa são de inúmeros comentários sobre o jogo, relembrando os momentos que cada um registrou na mente. Me diverti demais e gastando pouco, nem dez reais para quase três horas de diversão. Para os curiosos, o jogo é 'Left 4 Dead' e vale a penar jogar.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Hipervalorizar até problemas

Por que sempre achamos que tudo que acontece com a gente é pior do que com os outros? Essa tendência de achar que 'eu tenho mais trabalho', 'eu tenho mais problemas', 'isso só acontece comigo' é algo irritante.

Parece uma necessidade de hipervalorizar tudo que acontece. Cada vez mais fazendo parecer com que a sua vida é uma novela mexicana, cheia de dramas, perdas e sofrimento. Na realidade, o real peso das coisas está muito longe do que você diz.

Chico Xavier estava em um voô que enfrentou uma longa turbulência (essa história é até contada no filme). Emmanuel, mentor do médium, apareceu na nave e durante a conversa Chico revelou que estava com medo de morrer e ia gritar. Emmanuel então disse: Cale a boca e morra com respeito.

O que eu quero dizer ao citar isto é que não ache que você é privilegiado, que tudo que acontece contigo é 'maior' do que acontece com o resto do mundo. Cale a boca, pare de reclamar tanto e enfrente os desafios. Solução simples e eficaz para isso.

"You may well say
 How could this happen to you
 You may well ask
 And you may not like the truth
 Why is it always to you?
 Why is it always to you?
 Why is it always to you?
 Why does this happen to you?"
(Whitey - Wrap It Up)

terça-feira, 19 de abril de 2011

O passado

O que uma foto pode fazer ao um grupo de amigos de longa data que, aos poucos, perderam um pouco dos laços, do convívio e das histórias que recheavam a infância e a adolescência. É como se um filme de vários anos passasse na sua mente.

Você se lembra de momentos ótimos, quase nunca de algum momento ruim. Conta aquelas histórias antigas e que até hoje são engraçadas. Ri e se diverte com as palhaçadas e gafes que aconteciam naquele tempo e que hoje, são parte da sua história.

Momentos como esse são inesquecíveis para mim. Uma música diz: 'pra reviver é só lembrar'. Concordo. Ainda mais quando são momentos como esse onde não havia preocupação e só diversão. Já diria o falecido humorista da 'Praça é nossa', Lilico, enquanto batia o seu bumbo: 'Tempo bom não volta mais. Saudades do tempo de paz'.

"Quem quiser chegar
 Vem com tudo e mais um pouco
 Já vai começar
 O que eu não tenho eu invento só pra te mostrar
 O brasileiro pé rapado que só que gozar
 Declarar festa por aqui"
(Aliados - Quem quiser chegar)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Personalidade

Nesse mundo governado pelas aparências, onde quase tudo se consegue na base da bajulação, do 'fazer a média' com alguém, está cada vez mais difícil ser individual, ter personalidade. Você ser diferente da massa é quase uma sentença para a exclusão.

Os 'poderosos' ditam tendências, tentam te mudar, te tornar o que você não é. Com medo de não ser aceito por esse grupo, de não ser visto com o 'povinho top', você aceita mudar e se limitar a ser um seguidor, ao invés de ser independente.

Não seja apenas um corpo, comandado por outros. Um mero fantoche. Qual é a graça de viver, se você viver como os outros querem e não como você quer? Tentarão te excluir por não ser igual a eles? Sim, mas mostre as suas capacidades.

Quem realmente presta e serve para você será quem te respeitar pelo que você é. Companheiros de verdade não te julgam e te aceitam pelo que você tem, ou se você se veste e age como eles. Companheiros de verdade estão contigo independente de como você está na vida. Aceitam você como você é.

"Now the cruel world it's gonna try and change you
 Try to hang you up and mess with your pride
 Now the rich just try to chain you
 You got to keep your fire burning inside"
(Slash - Promise Feat. Chris Cornell)

domingo, 17 de abril de 2011

Saber medir

Tudo nessa vida tem uma medida. O que é demais, são sobras. O principal é você saber a sua medida, o seu limite. Ultrapassar este limite pode significar um constrangimento pelo qual você não precisaria passar ou poderia ter evitado passar.

Ser o que mais comeu pedaços de pizza para depois passar mal e se sentir enjoado. Ser o que mais virou copos de álcool para depois gorfar e ficar completamente tonto. Onde está a graça nesse momento? Você só faz um papel de tolo, que denigre a sua imagem um pouco mais.

Então, saiba medir. Melhor, saiba conhecer o seu limite. Não é porque fulano aguenta tanto que você tem que aguentar o tanto quanto. Cada um tem um biotipo, um máximo que suporta. As sobras só fará você passar por um papel ridículo onde todos rirão de você enquanto você faz um papel mesquinho e tosco.

sábado, 16 de abril de 2011

O que resta

É difícil passar muito tempo ao lado de alguém. É difícil lidar com todos os momentos pois, nem todos são de alegria. Pelo caminho haverá tristeza, dor e mágoas. É difícil passar por um rompimento depois de tudo isso. Sim, é difícil.

Por mais que, no início, você faça de tudo para afastar o que você viveu, cada vez mais isso vem à tona. É absolutamente normal você sentir raiva daquela pessoa, não lembrar de coisas boas. Só guardar aquilo que fez sofrer. Isso ajuda a manter a sua posição.

Mas, depois de certo tempo, sentimentos assim se vão. Quando isso acontece, o que resta? O que resta são as boas lembranças. Momentos felizes que você teve ao lado de alguém que, com certeza, foi especial para você por um longo tempo.

Fica o carinho por aquela pessoa. Alguns laços difíceis de serem quebrados. De alguma forma, você ainda vai se preocupar com ela, vai sentir essa coisa especial. De certo modo, é amor. Mas não um amor apaixonado pelo outro. É um amor mais terno e profundo, diferente do que um homem sente por uma mulher ou vice-versa. Um sentimento mais fraterno. De algum modo, é isso que resta.

"You look so different than before
 You're still the person I adore
 Frozen with fear
 All out of love but I take it from the past
 All out of words 'cause I'm sure it'll never last"
(Slash - Gotten Feat. Adam Levine)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Propósito é relativo

Hoje foi um dia excepcional de ir para o bar. O propósito era assistir ao jogo do Santos pela Copa Libertadores da América. A partida valia a sobrevivência da equipe brasileira na competição. Uma vitória era essencial. Mas, o propósito foi apenas relativo.

Quando se tem amizades por perto, tudo vira relativo. Muitas conversas, sobre diversos assuntos. Papos que vão se conectando, mesmo que pareçam sem sentido. Entre uma conversa em outra, segundos de mais atenção para olhar um lance na tv e, em seguida, retorna o falatório.

No final das contas, a noite foi ótima. Ri, me diverti, conversei demais, assisti ao jogo, o Santos venceu e ainda segue com chances na Libertadores. Mas, mesmo que não tivesse o jogo, foi muito bom. Quando se tem amigos, qualquer propósito para se encontrar é, meramente, relativo.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Chico Xavier

Já recuperado da gripe e sem nenhuma situação que me revolte, retornarei a posts padrão do blog. Para não perder o recente costume, hoje será dia de indicação de filmes para os leitores deste espaço.  Minha sugestão é 'Chico Xavier' (2010), de Daniel Filho.

Minha primeira indicação de filme nacional não seria esta, mas como o filme conseguiu prender minha atenção, fica como 'homenagem'.  O longa-metragem narra a história de vida do mais célebre médium brasileiro, desde a infância e os primeiros contatos, até a sua morte, em 2002.

Não, não é um filme que faz apologia ao espiritismo. A obra apenas visa mostrar tudo que Chico enfrentou, abusos, julgamentos, preconceitos e como, na mesma medida, foi um homem de paz, que sempre procurou levar palavras de alegria e conforto para aqueles que necessitavam.

Publicou mais de 400 livros, vendeu mais de 50 milhões de exemplares, em diversas linguas, mas não usufruiu de seus ganhos. O dinheiro lucrado foi doado para instituições de caridade. Viveu como nasceu: um homem simples, trabalhador e humilde que, aos poucos, compreendeu a sua missão neste mundo. Um ser iluminado.

Guiado por seu mentor, Emmanuel, se considerava apenas um carteiro. Um homem que recebia milhares de cartas, e depois, as entregava. Os espíritos haviam dito (ou ele haveria pedido ao mundo superior), que ele iria desencarnar em um dia que o povo brasileiro estivesse feliz. Isto aconteceu no dia 30 de junho de 2002, data do pentacampeonato mundial da Seleção Brasileira.

Destaque para a atuação de Ângelo Antônio e, principalmente, Nelson Xavier, ambos como Chico Xavier. Nelson Xavier impressiona mais ainda por representar o médium na época e na forma em que o povo brasileiro o reconheceu.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O toque da hipocrisia

Como me revolta o toque da hipocrisia. Aquelas pessoas que levantam uma bandeira, alegando uma falsa defesa de algo. Hoje, foi um dia desses. Após ser noticiada a morte de um funkeiro nas primeiras horas da manhã, começou aquele show de discussão e 'homenagens' nas redes sociais.

Com isso, vieram também aqueles que criticam o trabalho do jornalista. Oras, o que foi apurado: o falecido já tinha passagem pela polícia, vinha consumindo entorpecentes, por diversas vezes era visto na região chamada de 'Cracolândia', foi executado com nove tiros.

Agora, leitor, se lhe passassem as seguintes informações, o que você pensaria sobre esta pessoa? O óbvio! Tinha algum problema com o tráfico e foi 'apagado' por isso ou algo parecido. Hipótese que é estudada pela polícia, como outras.

Daí aparecem aquela turma dos 'defensores dos fracos e oprimidos'. Falam que se fosse alguém de uma região 'mais nobre' da cidade, não tirariam essas conclusões. Pelo amor de Deus, eu tiro conclusões pelos fatos apresentados. Se fosse um filhinho de papai, morador de um condomínio de elite, com as mesmas características, a conclusão seria a mesma.

Sem contar que essa mesma fatia da sociedade em que os hipócritas dizem que são preconceituosas e que julgam o assassinado só pela sua origem, é a mesma que está escrevendo palavras de saudade e luto pelo funkeiro. Algo incoerente.

Acho que já passou do tempo de você sair tirando conclusões preciptadas e formar um pré-conceito de um pré-conceito que nem foi demonstrado. Isso é coisa de cabeça fechada e pequena. Pensar que as pessoas julgam pela classe social apenas. Acho que o mundo já evoluiu o suficiente para tirar conclusões por atos e caráter.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Recuperação

Após um fim de semana que não deixará saudades, comecei a me recuperar nesta segunda-feira. Com os sintomas da gripe diminuindo e/ou desaparecendo, já posso falar mais alto e por um pouco mais de tempo, sem sentir dores na garganta.

Fim dos olhos lacrimejando, dos espirros que faziam doer o corpo todo, da febre na qual eu tinha a sensação que meu corpo pegava fogo. Depois de dias em que horas demoravam a passar e que o sono não durava mais que uma hora, agora posso descansar melhor.

Acabou também o quase desespero por chegar o horário de tomar o remédio, no final de semana em quase me tornei viciado por medicamentos. Era uma ânsia enorme por ter aqueles sintomas aliviados que contava os minutos para chegar a hora do remédio. Situação triste.

Mas agora, é só alegria. Daqui pra frente, é só melhoras! Aos poucos retomando o ânimo e a vontade de fazer as coisas. Chega, de vez, de ficar obrigado a estar deitado numa cama em repouso. Hora de cuidar um pouco mais da vida.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Não sirvo para isto

Definitivamente, eu não sirvo para ficar doente. A frase pode parecer estranha para quem a lê, mas é assim que defino meu estado. Ser derrubado por uma gripe faz você sentir de tudo. Desde febre, até espirros e dores no corpo. Precisar ficar em repouso é uma tarefa tortuosa.

Acabar passando dias tossindo, com os olhos lacrimejando, jogado numa cama e tomando um coquetel de remédios não é vida para ninguém. Por mais que tenha mimos da família, não consigo ficar parado, quieto, deitado e me sentindo um inválido.

Devia ser contra a lei existir vírus da gripe. Sem contar que consegui sentir todos os sintomas possíveis da doença e ainda estar no período máximo de incubação do vírus. Ou seja, eu enfrento o pior que o vírus pode causar ao corpo.

Mas, já que não posso arrancar isto de dentro de mim, o jeito é tomar os remédios e esperar que o corpo reaja. Se bem que ele poderia reagir um pouco mais rápido. Vencer logo essa gripe para me preocupar com outra coisa: o edema na perna que reluta em sumir.

domingo, 10 de abril de 2011

Abatido

Final de semana em casa é algo deverás triste. Infelizmente, foi isto que aconteceu neste sábado. Tudo devido a uma nova gripe, tão forte quanto a que eu tive na época do carnaval. Incrível como fui 'abençoado' nestes dias com doenças.

Primeiro, foi o inchaço na perna devido a uma pancada no jogo de quinta-feira. Mesmo a diminuição do edema, que me permitiria jogar, neste domingo, um futebol society, agora vem a gripe para me derrubar, e talvez, me tirar de cena.

Agora me resta continuar abatido e em repouso para ver se neste domingo terei condições de jogar. Com isso, perdi o aniversário de um amigo numa balada, no Guarujá. É a segunda festa que eu perco por causa da gripe. Ela me ama e eu a odeio na mesma proporção.

sábado, 9 de abril de 2011

Novas esperanças

Em meio ao caos que vemos diariamente passar pela nossa frente, é díficil criar algum tipo de esperança. Torcer por mudanças é cada vez mais complexo em um mundo em que só nos mostram desgraças e onde o canalha se dá bem enquanto o bom sempre está a penar.

Todos os dias caminhamos mais para um livro de Stephen King, onde o mal sempre acaba, de alguma forma, vencendo, do que para algum clássico Disney, onde o bem no final sempre triunfa, o dragão acaba morto e as personagens principais vivem felizes para sempre.

O problema é que as tentativas de tentar provar que o mundo ainda é bom são meio forçadas. O novo comercial da Coca-Cola tenta passar isso, mas não sei, a mim não me passa nenhuma ponta de crença de que o planeta ainda tenha tanta gente boa assim e que tudo é quase perfeito.

As guerras me fazem pensar assim. A chacina de Realengo me faz pensar assim. A facilidade com que alguém prejudica o próximo sem nem se importar e onde uma vida é ceifada como se fosse um pé de cana-de-açucar.

Mas, quando tudo parecer perdido é quando não podemos simplesmente nos conformar e desistir. Parar de lutar pelo bem é o mesmo que se omitir nessa luta entre 'céu e inferno' que acontece no dia-a-dia. Quando você achar que não dá mais, tenha fé. Prossiga. Persista. Afinal, se não acreditarmos que o mundo ainda pode ser bom, estaremos entregando os pontos, de vez.

"When your whole world is shaken
 From all the risks we have taken
 Dance with me
 Dance with me
 Into the colors
 Of the dusk"
(Ben Harper - In The Colors)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Maldito edema

Voltando de mais um futebol de quinta-feira e, para variar um pouco, uma 'nova' lesão. Um edema na perna esquerda, novamente, quase no mesmo lugar onde tive que fazer a micro-cirurgia para retirar um edema. A contusão que me deixou fora de ação por um mês.

É incrível! Sempre que minha mãe fala: 'Cuidado com esse futebol', é lesão. Já pedi a ela que, encarecidamente, que não repita esta frase. Mas, hoje foi dia e, logo, veio a pancada. O pior é acontecer isso quando já tem jogo marcado no domingo. Tenho que tentar recuperar rápido.

Bom, agora me resta tratar e torcer pra domingo já estar 100% pro próximo jogo. Senão, é ficar de molho e, no máximo, apitar a partida do domingo. Que situação triste. Mas, vamos lá! Vamos a recuperação. Maldito edema!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Perdão ao carrasco

Perdoar alguém que lhe fez algum mal, causou alguma dor, te fez sofrer. As religiões pregam isso. Os mais velhos dizem que devemos agir desta forma. Porém, convenhamos que nem sempre é tão fácil se portar desta forma. Engolir tudo à seco e perdoar.

Até porque você dar o 'perdão ao carrasco' é algo que vai ser mais benéfico ao outro do que a você mesmo. Afinal, você já passou pelo sofrimento, já tomou a porrada. A absolvição só vai fazer com que o hipotético sentimento de culpa que o outro tenha seja aliviado.

Por mais que você diga que não está tudo bem, que não há magoas pelo que ocorreu, ainda estará, escondido em um canto, um pouco daquele rancor pelo que aconteceu. Creio que ninguém, que não seja masoquista, gosta de apanhar e ainda vai rir e abraçar aquele que lhe inflige o sofrimento.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Clássico Peter Sellers

Quem assiste ao Pantera Cor-de-rosa 1 e 2, com Steve Martin e Jean Reno, não sabe quem é o verdadeiro inspetor Jacques Clouseau. Apesar de bom ator, o norte-americano nunca chegará, nem perto, da atuação do britânico Peter Sellers, ao interpretar o atrapalhado policial francês.

O fato é que os novos filmes deturparam a real história do diamante pantera cor-de-rosa, assim como o estilo de Clouseau e os papeis das principais personagens da série. Fatos que para um fã dos antigos filmes, como sou, é um crime.

Minha indicação de filme esta semana é 'A Nova Transa Da Pantera Cor-De-Rosa (The Pink Panther Strikes Again), de 1976. É o quinto longa-metragem da série criada por Blake Edwards, falecido em dezembro do ano passado.

O filme narra a história do ex-inspetor-chefe Charles Dreyfus (Herbert Lom), que está internado em um hospital psiquiátrico após Clouseau o deixar louco. Após fugir do local, Dreyfus sequestra um cientista para a criação da arma do juízo final e ameaça usá-la se não assassinarem Clouseau.

O atrapalhado inspetor é designado para investigar o sumiço do cientista sequestrado sem notar que, ao mesmo tempo, um exército de assassinos, de diversas partes do mundo, tenta eliminá-lo. Um filme para rir em todos os momentos.

Destaque para as cenas entre Clouseau e seu mordomo, Cato, interpretado por Burt Kwouk. São cenas de luta que duram minutos, em um festival cômico de destruição do lugar onde eles estão. Algo milhões de vezes melhor que a baboseira de 'golpe de judô' feita entre Martin e Reno.

Apesar de ser um filme antigo, feito sem os mesmos recursos utilizados atualmente, é uma comédia para ficar gravada na memória. Serve também para lamentar que não existam grandes atores do humor como Sellers, falecido em 1980, vítima de um ataque cardíaco.

Deixo a cena de luta entre Clouseau e Cato.

A Nova Transa da Pantera Cor-de-Rosa

terça-feira, 5 de abril de 2011

Hora de falar do show

Depois do último post ser praticamente tomado pelos acontecimentos tensos que envolveram a viagem, principalmente após o show, vou usar a postagem de hoje para falar da apresentação do Avenged Sevenfold em si, já que vai demorar para escrever novamente sobre isso.

Apresentação começou as 20 horas e 20 minutos aproximadamente, com a música 'The Sounds Of Silence', de Simon & Garfunkel. Apesar de muitas pessoas não entenderem o porquê da música, para mim faz um certo sentido. Mesmo sendo um ritmo nada a ver com o som do Avenged Sevenfold, a letra da música tem um tom sombrio.

Próximo do final da música, a guitarra de Zacky Vengeance começava a rasgar a tranquila canção, anunciando o que estava por vir. Abrem as cortinas, ao fundo, a decoração da capa do último cd, Nightmare, e o símbolo da banda, a caveira com asas de morcego, nas laterais. Arin Ilejay assume a bateria enquanto a pequena introdução de 'Nightmare' toca. Também aparecem o outro guitarrista Synyster Gates e o baixista Johnny Christ. Na hora do climax, quando vem o grito de 'Nightmare', surge o vocalista M. Shadows para levantar o público do Credicard Hall.

A música é uma dose de adrenalina completa. Todos pulam e cantam em coro. Algo sensacional. A energia continua muito forte na sequência, com Critical Acclaim. Após a segunda música, Shadows dá uma pausa para conversar com a plateia. Pergunta quem já assistiu o show deles  e quem está lá pela primeira vez. Para os que estão ali pela primeira vez ele diz: "Welcome to the fucking family!" e dá inicio a terceira música.

'Welcome To The Family' tira todo mundo do chão novamente. Por vários momentos, Shadows para e deixa a galera puxar a música.  A pegada forte e que impulsiona as sete mil pessoas presentes no Credicard Hall segue com 'Beast And The Harlot' e 'Buried Alive'.

Na metade do show, outra pausa. Hora de homenagear Jimmy Sullivan, The Rev, antigo baterista da banda, falecido em dezembro de 2009. O cenário muda. Ao fundo, um desenho dos integrantes abraçados em roda, com The Rev ao centro, de costas. Shadows fala um pouco sobre The Rev e canta a música feita para o amigo. 'So Far Away' emociona e faz com que a galera reunida também participe do momento solene da noite.

Na sequência, as homenagens seguem, com Afterlife, uma das músicas que possuía The Rev como backing vocal. Já mais agitada, a música faz o público voltar a pular. Com isso, o clima forte do show volta para animar e seguir com a cantoria.

Muda-se novamente o cenário. O show segue com 'God Hate Us', 'Bat Country' e 'Unholy Confessions'. Após a última música. Shadows motiva uma roda punk no meio da pista, que acontece enquanto Zacky manda uns riffs.

Após isso a banda sai do palco. Todos ficam na espera. Muitos pedem para que toquem 'Little Piece Of Heaven'. No entanto, o Avenged Sevenfold segue o setlist utilizado no show realizado no Rio de Janeiro, para tristeza de uns e alegria de outros.

A volta é com uma música mais tranquila. 'Fiction' embala o público. A canção, escrita por The Rev, deixa a plateia atenta, acompanhando o show. Sem aquela energia toda. Um momento de admirar a apresentação apenas. As luzes em tom de azul trazem um clima de paz ao palco.

O show foi fechado por 'Save Me'. A música de onze minutos fecha com chave de ouro uma noite inesquecível para quem esteve presente. Cantando 'tonight we all die young' para fechar a apresentação da banda norte-americana. Quase às 22 horas, os integrantes, após jogar baquetas e outros objetos para o público, diz adeus a São Paulo. Uma apresentação pra ficar marcada.

"Hello darkness, my old friend
 I've come to talk with you again
 Because a vision softly creeping
 Left its seeds while I was sleeping
 And the vision that was planted in my brain
 Still remains
 Within the sound of silence"
 (Simon & Garfunkel - The Sounds Of Silence)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A chave

Chegando após uma longa odisseia de domingo. Sim, finalmente me encontro em casa. Geralmente é na madrugada de sábado para domingo que eu digo:  'é, mais uma madrugada estranha'. Desta vez foi diferente. A madrugada de hoje que, sim, foi estranha.

Mas a história começa bem antes, às 17horas e 30 minutos. Esse deveria ser o horario que eu deveria subir para ver o show. Pequenos atrasos, fui sair de casa apenas as 18 horas. Na viagem, eu e mais três amigos.  O 'capitão' do carro decidiu ir por um caminho para chegar até a estrada. A 'grande' escolha deu na saída do jogo entre Santos e Palmeiras, que congestionou a avenida.

Mais um pouco de atraso. Estrada tranquila até chegar em São Paulo. Até na Capital o trânsito estava numa boa. A informação que recebo é que o show do Avenged Sevenfold só vai começar às 21 horas. São apenas 19h20. Temos tempo.

Bom, chegamos em 90% do traçado. O 'capitão' diz: 'agora não preciso do GPS, eu sei por aqui. É só virar nessa rua'. Pronto, voltamos para a avenida anterior e vimos o Credicard Hall começar a ficar para trás. Até aí, já eram 20 horas. Mais umas voltas e chegamos.

Ao invés de parar no estacionamento do local, devido a informações de terceiros que diziam que o preço para deixar o carro lá poderia ser de 50 reais, fomos estacionar em um estacionamento próximo ao Credicard Hall,  por 30 reais. Outro erro, já que o estacionamento do local estava o mesmo valor.

Bom, passado tudo. Entramos sem filas, nem tumultos. Algo estranho. Sem pressa, ainda fomos beber algo e entramos na pista. Nem cinco minutos lá dentro e começa a tocar 'The Sound Of Silence', de Simon & Garfunkel. A canção é a introdução do show do Avenged Sevenfold.

Mas, espera um pouco. O show não começaria às 21 horas? São 20 horas e 20 minutos! Sim, o 'capitão' estava enganado, mais uma vez. Até que, durante a música, a guitarra rasga a calma canção, cortinas abrem e M. Shadows entra no palco.

Primeira canção, Nightmare. Perfeita, galera toda pulando e gritando durante todo o tempo. No início da segunda música, 'Critical Acclaim', o 'capitão' surge com outra novidade. 'Cara, perdi a chave do carro'. Esta frase seria o início da dor de cabeça.

Voltando ao show, foi fantástico. Como tudo que é bom, dura pouco, a apresentação não foi muito longa. Mas, teve de tudo. Clássicos como 'Unholy Confessions', 'Bat Country', 'Beast And The Harlot' e 'Afterlife'. Músicas novas como 'Welcome To The Family', 'God Hate Us', 'Buried Alive', 'So Far Away', 'Fiction' e 'Save Me'. Até roda punk teve, influenciada pelo próprio Shadows.

É incrível como o som ao vivo é tão bom quanto o de estúdio. Até a voz nos agudos do vocalista é perfeita. O novo baterista não é o falecido 'The Rev', mas ainda assim, manda muito bem. Enfim, foi algo demais. Quem foi, com certeza, não se arrependeu. Só de lembrar dá vontade de ir novamente.

Ao final do show, volta o drama. A chave do carro havia sumido mesmo. Agora, me respondam, como procurar uma chave em meio a milhares de pessoas. Não há condições. Simplesmente, não há. Entre ligações para um lado e para o outro. Ficou decidido: 'O seguro enviaria um taxista para trazer a chave reserva de Santos até o local onde estava o carro'.

Por um milagre, o estacionamento escolhido não fechava meia-noite. Logo, poderíamos ficar por ali. Eram 22 horas e 30 minutos quando ouvimos isto. Após 1 hora de enrolação, conseguimos convencer o 'capitão' a ir comer num posto ali perto. Naquele ponto, as roupas molhadas de suor já estavam secando no corpo e o frio deixava tudo pior.

Por volta de meia-noite, vem a confirmação. O taxista tinha acabado de pegar a chave reserva e estava em direção ao local. Ainda enrolamos até meia-noite e meia no posto. Após um banquete de refrigerante e salgadinhos, voltamos ao estacionamento.

Esperamos. Conversamos sobre tudo, faltou assunto, e ainda esperamos mais um pouco. Às 2 horas e 15 minutos aparece o 'salvador' com a chave. Já que o 'capitão' iria para outra cidade e estava muito tarde para ir para casa de outro amigo, em São Paulo, eu e outros dois amigos decidimos pedir carona até Santos para o taxista. Para nossa surpresa, ele aceitou, sem reclamar.

Que aventura. Embriagado pelo sono, o motorista me fez, a cada quilômetro, temer um pouco mais pela minha vida. Mas, confiante e sonolento, lá foi ele cortando a rodovia Imigrantes. Sempre em ziguezague, jogando o carro de um lado para o outro e acordando a cada vez que a roda passava por cima do 'olho de gato' na pista.

Com um certo desespero, começamos a falar sobre qualquer coisa no carro, até sobre pontes, para o motorista não cair no sono profundo. Por uma vez, vi uma mureta de proteção próxima demais da minha face. Mas, segurando a emoção firme, chegamos em Santos. Após mais uns sustos pelo caminho, chegamos até a casa de um amigo.

A descida daquele carro foi a maior sensação de alívio na minha vida em anos. Por fim, fomos até o McDonald's para comer aquele lanche básico. Queríamos desfrutar dos pequenos preços impressionantes do fast-food, mas já tinha acabado a promoção. Após comer, finalmente, voltamos para casa. Depois de tantas emoções, positivas e negativas, agora chegou a hora do descanso.

Tudo isso graças a uma maldita chave, presa a um chaveiro de 'bola 8' de sinuca que deve estar rolando até agora pelo chão do Credicard Hall. Era para chegarmos cedo a casa do nosso amigo. Dormir por lá e, pela manhã, retornar. Mas, não foi possível. Maldita chave!


"Gave you all I had to give
 Found a place for me to rest my head.
 While I may be hard to find
 Heard there's peace just on the other side.
 Not that I could
 Or that I would
 Let it burn
 Under my skin
 Let it burn"
 (Avenged Sevenfold - Fiction)

domingo, 3 de abril de 2011

Que venha o Avenged!

Enfim, chegou! Longa espera, alguns tormentos e problemas, aí está! Show do Avenged Sevenfold no Brasil! Em São Paulo! Hora de curtir muito o som da banda e viajar nas músicas que duram até dez minutos em alguns casos.

Churrasco bom! Pra variar, amigos, comida e bebida. Algo sempre positivo para todos! Faltou algo que chamasse a atenção. Aquilo que me faria dizer 'é, mais uma madrugada estranha'. Mas, já tá válido. A diversão de todo o tempo valeu a pena.

Ainda em nostalgia, é hora de tentar concentrar a atenção. Aí vem músicas como So Far Away e não quero perder. Domingo regido pelo Avenged Sevenfold! Vai ser muito bom. Tenho certeza disso. Agora, é só esperara pelo M. Shadows gritar: 'Nightmaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaare!'

"How do I live without the ones I love?
 Time still turns the pages of the book it's burned
 Place and time always on my mind
 I have so much to say but you're so far away"
(Avenged Sevenfold - So Far Away)

sábado, 2 de abril de 2011

Aquecimento

Chegou o fim de semana do show do Avenged Sevenfold! Agora, apenas mais algumas horas para acompanhar M. Shadows cantar Nightmare entre outras. Já vi novidades no setlist, como a entrada de 'Beast and the harlot' e 'Save me' nos lugares de 'Danger line' e 'A little piece of heaven'. Vamos lá!

Sábado chegando para ter um aquecimento antes do main event do fim de semana. Para isso, um churrasco com amigos, um dia que, com certeza, será lembrado por alguns finais de semana a fora. Hora de comemorar e celebrar com amigos mais um dia.

Deixando pra trás uma semana em que beirei o extremo da irritação com o mundo. Em raríssimas vezes na vida estive tão impaciente. Mas isso é bom. Faz forte para não ser tão bonzinho e coração mole porque o mundo simplesmente não é assim.

Semana também foi tempo de sentir uma consolidação no campo afetivo. Sentir algo bom e que te enche de coisas positivas. Uma coisa que te completa e que te deixa feliz. Espero que isso só aumente a cada dia. Que venha o fim de semana!

"Dear God the only thing I ask of you is
 To hold her when I'm not around
 When I'm much too far away
 We all need that person who can be true to you
 But I left her when I found her
 And now I wish I'd stayed
 Cause I'm lonely and I'm tired
 I'm missing you again oh no
 Once again"
(Avenged Sevenfold - Dear God)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Futebol arte marcial

Chegando de mais uma quinta-feira futebolística. Sinto que cada vez mais as pessoas levam o que era pra ser um jogo, uma brincadeira, à sério. Vontade de vencer tem virado excesso de violência na hora de chegar nas jogadas.

Hoje foi um dia desses. Após sair ao final da partida, faltando cinco minutos, devido ao esquema de revezamento, fiquei assistindo ao final da partida. Afinal, com meu time vencendo por 11 a 7, tendo marcado um dos gols, estava satisfeito. Só queria ver quanto iria terminar.

De repente, o ímpeto por dar a raça no final da partida tomou conta de um jogador do time adversário. Ele acertou o primeiro jogador do meu time, foi falta, e ânimos exaltados. No segundo jogador que ele pegou, faltando dois minutos pra acabar a partida, fechou o tempo.

Discussões, xingamentos, algumas tentativas de chutes. Jogadores separados, era para ser o fim do tumulto. Até a hora que um foge dos companheiros e tenta, à la Luis Fabiano, dar uma voadora no adversário. Com isso volta a briga e dessa vez sobrando pra qualquer um que se mete no meio.

Eu, da lateral do campo, me lembrei do Palmeiras e Corinthians, na final do campeonato paulista de 1999. Como sei que quem tenta separar sempre apanha dos dois lados, fiquei só admirando o MMA na grama. O que era pra ser uma diversão virou pancadaria. Lamentável.