segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A ladeira de Adilson

Ao final da Libertadores 2009, Adilson Batista era considerado um dos melhores técnicos do Brasil. Levou o Cruzeiro ao vice-campeonato da Libertadores, ganhou dois estaduais com a equipe mineira e sempre classificou o time para o torneio continental.

Mas, desde a metade de 2010, a carreira de Batista vem em um declínio constante e inexplicável. Após sair do Cruzeiro, migrou para o Corinthians, com a tarefa de substituir Mano Menezes, contratado como novo treinador da Seleção Brasileira.

A aventura no parque São Jorge não durou três meses. O técnico pediu demissão no dia 10 de outubro de 2010, após perder em casa para o Atlético-GO, em casa, por 4 a 3. Já eram cinco jogos sem vitória com a equipe corinthiana. Em 17 jogos, foram sete vitórias, quatro empates e seis derrotas.

Ainda em 2010, foi contratado pelo Santos. Mas, só assumiria a posição de comandante do campeão da Copa do Brasil em 2011. Mas, novamente, não se deu bem. Assim como em sua passagem pelo Corinthians, foi alvo de críticas por parte de torcida e dirigentes. Sem convencer, principalmente nos jogos pela Libertadores, foi demitido em 27 de fevereiro. Pelo Peixe foram 11 jogos, sendo cinco vitórias, cinco empates e uma derrota.

Ainda assim, gozando das glórias de bons trabalhos em Grêmio e Cruzeiro, chegou ao Atlético-PR, clube para o qual disse torcer.  Entretanto, a má fase continuou e Adilson não resistiu. Deixou o comando do Furacão, na zona de rebaixamento do campeonato brasileiro, em 25 de junho após derrota para o Bahia. Foram 14 jogos, com quatro vitórias, quatro empates e seis derrotas.

Surpreendentemente, foi contratado pelo São Paulo, onde está atualmente. Em 20 jogos, são sete vitórias, oito empates e cinco derrotas. Adilson continua sendo criticado, dessa vez pela torcida e direção do Tricolor paulista.

O técnico já convive com o fantasma de mais uma demissão. A ideia da alta cúpula do Morumbi seria manter o auxiliar Milton Cruz no lugar até o final do ano. Segundo o blog de Ricardo Perrone, a multa baixa para se livrar de Adilson auxiliaria nesse processo.

Mas, de acordo com Juvenal Juvêncio, presidente do clube, até pela falta de nomes no mercado, Batista será mantido. Agora resta saber o que aconteceu no meio do caminho com um técnico que era promisssor virar alvo de criticas por todos os clubes em que passa. Eu já o considero um fenômeno passar por três grandes paulistas em um ano. Mas, onde se perdeu Adilson Batista?

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