domingo, 21 de agosto de 2011

Kadhafi não é Mubarak

Notícias de revoluções, rebeldes tomando o controle de cidades líbias e o clima de tensão envolvendo Muammar Kadhafi. Muitos dizendo que logo ele irá renúnciar ao 'trono' de governante do país e a Líbia voltará com sua bandeira original e aos bons ventos.

Mas, Kadhafi não é Mubarak. Na verdade, Kadhafi está mais para Saddam Hussein ou Zine El Abidine Ben Ali. Apesar de se manter no governo por 20 anos, Mubarak era um político, um homem que melhorou as relações entre os países árabes e foi neutro em relação a guerra travada entre Israel e Palestina. Não era um golpista.

Kadhafi derrubou um governo para assumir, mudou os símbolos da pátria, exerceu sua tirania pela força excessiva, tem suspeitas de financiar terroristas, entre outras coisas. Engana-se que ele irá renúnciar ao governo líbio. Na minha opinião, ele deixa o governo somente se for morto.

Em seus discursos em meio a guerra civil do país, o ditador vocifera contra os rebeldes. Parabeniza a quem mata os contrários a seu poder. Diz agradecer pela 'eliminação dos ratos'. O filho de Kadhafi só reforça a ideia de que seu pai nunca deixará o governo por meios normais.

Seif al-Islam Kadhafi fala que regime não abandonará a luta. Enquanto esta guerra for só entre eles, só haverão mortes e a manutenção do poder. Essa situação só mudará quando os grandes exércitos dos países do primeiro mundo entrarem em cena. Aí, Kadhafi talvez cairá.

Se, se os rebeldes quiserem derrubar o ditador, que liguem para a Casa Branca. Afinal, eles são peritos em ocupações. Se bem que Obama não atenderia ao chamado do povo líbio. Isso simplesmente porque eles não possuem petróleo (já tomado do Iraque e Afeganistão) ou outra coisa que interesse aos EUA.

2 comentários:

  1. Apenas uma correção. A Líbia tem petróleo sim. Em 2009 produziu 1,79 milhão de barris por dia. Não sei se isso é muito ou pouco comparativamente aos outros países produtores de petróleo...

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  2. Sim, caro Bizu!
    Claro que a Líbia tem petróleo. Mas, no entanto, não é uma necessidade norte-americana no momento, pois eles já possuem o controle do petróleo iraquiano e de de um gasoduto que vem do Mar Cáspio e atravessa o Afeganistão. Então, não está na prioridade deles.

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