Ao analisar, o ponto de vista dela tem fundamento e, na minha visão, é correto. Atualmente, todos são criados com o instinto de ter um emprego, possuir renda, enfim, tudo que se relaciona a ser bem-sucedido profissionalmente. Há alguns que pensam que só servem para trabalhar, por exemplo.
Quando se é necessário investir em outra área, como a amorosa, as pessoas não sabem como proceder. Aquilo se torna totalmente novo e estranho, logo, erros e deslizes se tornam fáceis de serem cometidos. Tudo em uma cadeia que levará ao fracasso na parte amorosa.
Creio, também, que há esta dificuldade pelas pessoas terem se tornado extremamente individualistas e egocêntricas. Não há como você tratar tudo como se olhasse só para seu lado dentro de uma relação. É necessário você olhar o outro lado, se colocar na pele de quem está contigo. Se apenas um olhar pelos dois, rapidamente chega o desgaste, brigas, discussões e o fim.
Outro ponto levantado foi que se as pessoas fossem melhores resolvidas consigo, elas saberiam como se relacionar. Isso é um fato. Há casos e casos em que a pessoa projeta no outro todas as suas tristezas, frustrações e lamentos. Isso, fatalmente, satura qualquer um. Deixa de ser uma pessoa amada para ser um sparring.
Mas, infelizmente, continuará sendo assim enquanto as pessoas tiverem medo de se relacionar. Quando deixarem de pensar que um relacionamento tem que ter metas, como em um trabalho. No dia em que enxergarem que um relacionamento nada tem a ver com um ambiente profissional.
"Love would never leave us alone
A-yin the darkness there must come out to light
Could you be loved and be loved?"
(Bob Marley - Could You Be Loved)
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